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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Elefantes

Gigantes da Natureza

Os elefantes são animais herbívoros, alimentando-se de ervas, gramíneas, frutas e folhas de árvores. Dado o seu tamanho, um elefante adulto pode ingerir entre 70 a 150 kg de alimentos por dia. As fêmeas vivem em manadas de 10 a 15 animais, lideradas por uma matriarca, compostas por várias reprodutoras e crias de variadas idades. O período de gestação é longo (20 a 22 meses), assim como o desenvolvimento do animal que leva anos a atingir a idade adulta. Os filhotes podem nascer com 90 kg. Os machos adolescentes tendem a viver em pequenos bandos e os machos adultos isolados, encontrando-se com as fêmeas apenas no período reprodutivo.

Devido ao seu porte, os elefantes têm poucos predadores. Os elefantes exercem uma forte influência sobre as savanas, pois mantêm árvores e arbustos sob controle, permitindo que pastagens dominem o ambiente. Eles vivem cerca de 60 anos e morrem quando seus molares caem, impedindo que se alimentem de plantas.

Os elefantes-africanos são maiores que as variedades asiáticas e têm orelhas mais desenvolvidas, uma adaptação que permite libertar calor em condições de altas temperaturas. Outra diferença importante é a ausência de presas de marfim nos elefantes asiáticos.

Durante a época de acasalamento, o aumento da produção de testosterona deixa os elefantes extremamente agressivos, fazendo-os atacar até humanos. Acidentes com elefantes utilizados em rituais geralmente são causados por esse motivo. Cerca de 400 humanos são mortos por elefantes a cada ano.

A probóscide, ou tromba, é uma fusão de nariz e lábio superior, alongado e especializado para se tornar o apêndice mais importante e versátil de um elefante. A ponta da tromba dos elefantes-africanos está equipada de duas protuberâncias parecidas com dedos, enquanto os elefantes asiáticas têm apenas uma destas. Segundo os biologistas, a tromba do elefante pode ter cerca de quarenta mil músculos individuais[1], o que a faz sensível o suficiente para pegar numa única folha de relva, mas ao mesmo tempo forte o suficiente para arrancar os ramos de uma árvore. Algumas fontes indicam que o número correcto de músculos na tromba de um elefante é mais perto de cem mil[2].

A maior parte dos herbívoros (comedores de plantas, como o elefante) possuem dentes adaptados a cortar e arrancar plantas. Porém, à excepção dos muito jovens ou doentes, os elefantes usam sempre a tromba para arrancar a comida e levá-la até à boca. Eles pastam relva ou dirigem-se as árvores para pegar em folhas, frutos ou ramos inteiros. Se a comida desejada se encontra alta demais, o elefante enrola a sua tromba no tronco ou ramo e sacode até a comida se soltar ou, às vezes, simplesmente derruba completamente a árvore.

A tromba também é utilizada para beber. Elefantes chupam água pela tromba (até quatorze litros de cada vez) e depois despejam-na para dentro da boca. Elefantes também inalam água para despejar sobre o corpo durante o banho. Sobre esta camada de água, o animal então despeja terra e lama, que servirá de protector solar. Quando nada, a tromba também pode servir de tubo de respiração.

Este apêndice também é parte importante das interacções sociais. Elefantes conhecidos cumprimentam-se enrolando as trombas, como se fosse um apertar de mãos. Eles também a usam enquanto brincam, para acariciar durante a corte ou em interacções entre mãe e filhos, e para demonstrações de força - uma tromba levantada pode ser um sinal de aviso ou ameaça, enquanto uma tromba caída pode ser um sinal de submissão. Elefantes conseguem defender-se eficazmente batendo com a tromba em intrusos ou agarrando-os e atirando-os ao ar.

A tromba serve também para dar ao elefante um sentido muito apurado de cheiro. Levantando a tromba no ar e movimentando-a para um lado e para o outro, como um periscópio, o elefante consegue determinar a localização de amigos, inimigos ou fontes de comida.

As presas de um elefante são os segundos incisivos superiores. As presas crescem continuamente; as presas de um adulto médio crescem aproximadamente 15 cm por ano. As presas são utilizadas para escavar à procura de água, sal ou raízes; para retirar a casca das árvores, para comer a casca; para escavar a árvore adansonia a fim de retirar-lhe a polpa; e para mover árvores ou ramos quando um trilho é criado. Para além disso, são utilizadas para marcar as árvores para demarcar o território e ocasionalmente como armas.

Os dentes dos elefantes são muito diferentes dos da maior parte dos mamíferos. Durante a sua vida eles têm normalmente 28 dentes. Estes são:

  • Os dois incisivos superiores: as presas.
  • Os percursores de leite das presas.
  • 12 pré-molares, 3 em cada lado de cada maxilar.
  • 12 molares, 3 em cada lado de cada maxilar.
Ao contrário da maior parte dos mamíferos, que desenvolvem dentes de leite e depois os substituem pelos dentes adultos permanentes, os elefantes têm ciclos de rotação de dentes durante a vida toda.

Os elefantes são chamados de paquidermes, que significa "com pele espessa". A pele do elefante é extremamente rija na maior parte do seu corpo e tem cerca de 2,5 cm de espessura. No entanto, a pele à volta da boca e dentro das orelhas é muito fina. Normalmente, a pele dos elefantes-asiáticos está coberta por uma maior quantidade de pêlos do que no caso do seu congênere africano, sendo esta característica mais acentuada nos mais novos. As crias asiáticas estão cobertas de uma espessa camada de pêlo de coloração vermelho acastanhado. À medida que ficam mais velhas, este pêlo escurece e fica menos denso, permanecendo na cabeça e na cauda.

Os elefantes têm, geralmente, cor acinzentada, embora os africanos pareçam frequentemente acastanhados ou avermelhados por se rolarem na lama ou em solo dessa cor. Rolar na lama é um comportamento social de grande importância para os elefantes, além de que a lama forma uma espécie de protector solar, protegendo a pele dos efeitos nocivos da radiação ultravioleta. No entanto, a pele de um elefante é mais sensível do que parece. Sem banhos regulares de lama para se proteger de queimaduras, mordidas de insecto, e perda de humidade, a pele de um elefante sofreria importantes danos.
As patas de um elefante são uns pilares verticais, porque precisam de suportar o grande peso do animal. O elefante precisa de pouco poder muscular para estar em pé por causa das pernas direitas e grandes almofadas nos pés. Por esta razão, um elefante pode ficar de pé por longos períodos de tempo sem se cansar. Aliás, elefantes africanos raramente se deitam exceptuando quando estão doentes ou aleijados. Elefantes indianos, em contraste, deitam-se frequentemente.
As grandes orelhas do elefante são também importantes para a regulação da temperatura. As orelhas de um elefante são feitas de material muito fino esticado sobre cartilagem e uma vasta rede de vasos sanguíneos. Nos dias quentes, os elefantes agitam constantementen as orelhas, criando uma brisa suave. Esta brisa arrefece a os vasos sanguineos à superficie, e o sangue mais fresco circula então pelo resto do corpo do animal. O sangue que entra as orelhas do animal pode ser arrefecido até cerca de 6 graus Celsius antes de retornar ao resto do corpo. As diferenças entre as orelhas dos elefantes africanos e asiáticos pode ser explicada, em parte, pela sua distribuição geográfica. Os elefantes africanos estão mais próximos do equador, onde o clima é mais quente. Por isso, têm orelhas maiores. Os asiáticos vivem mais para norte, em climas mais frescos, e portanto, têm orelhas menores.



Memória de elefante ajuda na sobrevivência, diz estudo


Memórias da seca são retidas pelas velhas matriarcas e podem ajudar a espécie a sobreviver quando os tempos se tornam difíceis em seu habitat, apontam novas pesquisas. Cientistas descobriram esse fator depois de revisar dados sobre manadas de elefantes recolhidos pelo Parque Nacional de Tarangire, na Tanzânia, uma região que foi devastada por uma severa seca que durou de 1958 a 1961.


Quando uma segunda seca extrema voltou a atingir a área, em 1993, os grupos de elefantes que continham fêmeas que haviam vivido a seca acontecida 35 anos atrás deixaram o território do parque em busca de comida e água, o que garantiu um índice de sobrevivência melhor para o seu clã.

"Os dados demonstram que os grupos familiares que optaram por deixar o território do parque se saíram muito melhor do que aquele que permaneceu", disse Charles Foley, o diretor da pesquisa, que trabalha para a Sociedade de Conservação da Fauna.

Durante a seca mais recente, dois grupos de elefantes que deixaram o parque em busca de comida e água, perderam menos de 10% de seus integrantes, enquanto um grupo familiar que permaneceu no parque perdeu 40% de seus animais.

Em condições que não envolvam seca, apenas 2% dos animais de cada grupo morrem a cada ano. Foley e outros colegas da Sociedade de Conservação da Fauna e da Sociedade Zoológica de Londres detalharam suas constatações em artigo publicado pela revista Biology Letters.


Memória de elefante
Na natureza, elefantes podem viver até bem depois dos 60 anos. No leste da África, secas extremas acontecem a cada 45 ou 50 anos, em média.

No Parque Nacional de Tarangire, as mais velhas matriarcas dos grupos de elefantes que deixaram o parque durante a seca de 1993 tinham cinco anos de idade ou mais na seca de 1958/61. É provável que essas fêmeas tenham guiado suas famílias a regiões que servem de refúgio contra a seca, fora do parque, afirmam pesquisadores.

O grupo que ficou para trás no parque de Tarangire em 1993 não contava com líderes de idade suficiente para ter passado pela severa seca anterior. Isso provavelmente explica por que esse grupo específico de elefantes não deixou o parque, afirma Foley. "Em outras palavras, isso ofereceria uma explicação em termos de seleção natural para o truísmo de que os elefantes não esquecem", disse Foley.

Iain Douglas-Hamilton, zoólogo e fundador da Save the Elephants, uma organização que luta pela preservação desses animais, diz que os pesquisadores há muito suspeitavam das vantagens evolutivas de dispor das matriarcas como banco de memória.

"A especulação existia, e muita gente falava a respeito", disse Douglas-Hamilton, apontando que o novo estudo "é o primeiro a provar realmente que existe uma vantagem seletiva em termos de sobrevivência surgida nos grupos que dispunham dos membros mais velhos".

Nas sociedades de elefantes, as fêmeas lideram seus grupos familiares, o que é o motivo para que a capacidade de recordar tenha mais peso entre as fêmeas do que entre os machos.


Necessidade de proteção
Pesquisadores envolvidos com o novo estudo dizem que ele demonstra a importância de proteger os elefantes veteranos, já que a freqüência das secas pode aumentar como resultado do aquecimento global. "Se os poucos indivíduos mais velhos restantes forem eliminados de uma população, o impacto pode se estender bem além do grupo familiar", disse Foley.

"Os efeitos da remoção dos indivíduos mais velhos podem não ser vistos por 10, 15 ou 20 anos depois que eles morrem. Mas sua ausência um dia afetará a população, quando chegar a próxima seca severa", ele acrescentou.

Foley disse que os administradores de parques deveriam se esforçar para proteger os elefantes, especialmente nos países em que bates seletivos são utilizados como ferramenta de controle populacional. "Sacrificar os animais velhos é algo a se evitar a qualquer custo", disse ele.

Actualmente todas as espécies de elefantes são considerados como espécies em perigo de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN). Também estão registados no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), excepto para as populações de países (como Zimbábue e Botsuana) que foram reclassificados no Apêndice II. Os elefantes encontram-se ameaçados pela caça ilegal e perda de seu habitat. O marfim de seus dentes é usado em jóias, teclas para piano, hanko (selos personalizados para assinatura de documentos oficiais, exigida no Japão) e para outros objetos. Sua pele e outras partes são um componente comercial de menor importância, enquanto a carne é utilizada pelas pessoas da localidade.

Elefantes na história e na cultura




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